O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) certificou nesta quinta-feira (26) 235 unidades básicas de saúde e de educação infantil como Unidades Amigas da Primeira Infância. A proposta é contribuir com seis capitais brasileiras – Belém, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e Fortaleza – na promoção de serviços públicos de excelência para a primeira infância, definida pela entidade uma oportunidade única para o desenvolvimento da criança.
“Investir no cuidado integral e integrado nos seis primeiros anos de vida – olhando conjuntamente os diferentes aspectos do desenvolvimento infantil – traz mais resultados que em qualquer outra fase da vida para que as crianças desenvolvam o seu máximo potencial”, avaliou a oficial de Primeira Infância do Unicef no Brasil, Maíra Souza.
Entre as 235 unidades certificadas, 165 são unidades básicas de saúde que alcançam um público de mais de 213 mil crianças menores de 5 anos e mais de 25 mil gestantes. As outras 70 unidades são de educação infantil e atendem 8 mil bebês e crianças. Ao todo, 469 unidades básicas de saúde e 106 de educação infantil participaram da seleção.
De acordo com o Unicef, todas as 235 unidades certificadas registraram importantes melhorias nos indicadores de saúde, com destaque para um aumento de 40,2% no percentual de crianças imunizadas e 22,6% na prevalência de crianças até 6 meses em aleitamento materno exclusivo.
“A parceria entre setor privado, sociedade civil e governos é fundamental para a garantia de direitos, com impactos duradouros e de larga escala. É preciso fortalecer os serviços e políticas públicas municipais para a primeira infância, com especial foco na atenção primária à saúde, garantindo o acesso e a qualidade da atenção à saúde das crianças, mães e mulheres gestantes”, destacou a chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo.
Os dados mostram ainda que, em um ano, mais de 2,9 mil profissionais de saúde e da educação infantil foram capacitados por meio da estratégia Unidades Amigas da Primeira Infância. A capacitação online aborda a atenção integral e integrada da rede de serviços básicos para a primeira infância, enquanto a presencial trabalha o atendimento a crianças com deficiência e doenças raras e a prevenção contra a violência na primeira infância.
Agência Brasil