A esporotricose, doença fúngica que afeta tanto gatos quanto humanos, é uma endemia monitorada pela Secretaria Municipal de Saúde de Lauro de Freitas. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município enfatiza a colaboração por parte da população para a notificação da doença e alerta para os cuidados com a enfermidade, seus sintomas e prevenção.
Somente neste ano de 2023, o CCZ de Lauro de Freitas notificou 323 casos da esporotricose, dos quais 244 foram diagnosticados como positivos. O CCZ ressalta que a doença tem cura, e com os devidos cuidados, é possível evitar a transmissão do fungo.
Como destaca Igor Fidelis, diretor do CCZ, a equipe está dedicada a conter a propagação da doença e a notificação desempenha um papel fundamental nesse processo. “O CCZ faz atendimento para o diagnóstico e tratamento da esporotricose. Se um gato é identificado com a doença, ele recebe o tratamento adequado”, disse.
Tutores de gatos que suspeitam que o animal está com a doença devem procurar a unidade de referência. O CCZ de Lauro de Freitas, localizado na Rua José Leite, no bairro do Caji, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. Telefone: (71) 3288-8911/8912.
Como o gato ou a pessoa pode contrair o fungo?
Presente no solo, em espinhos de plantas e na matéria orgânica, o fungo pode penetrar através de uma lesão já existente na pele ou pode causar a lesão e penetrar. Além disso, o gato infectado pode transmitir através de mordedura ou arranhadura, tanto para o ser humano, como para outro gato. Não há transmissão de humano para humano.
Sintomas no gato
Surgimento de lesões na pele, principalmente na face e nos membros, podendo progredir para o restante do corpo. Perda de peso, apatia e secreção nasal também são sinais clínicos da doença.
Sintomas no humano
Acomete a pele causando lesão única ou múltipla que se inicia por onde houve a lesão primária. Se tratam de feridas(abcessos)de difícil cicatrização, caso não seja tratada corretamente. Os locais mais frequentes são membros superiores (mãos e braços) e membros inferiores (pés e pernas). A forma mais grave acomete outros órgãos, principalmente em pessoas com baixa imunidade.
Como prevenir?
– Castrar e manter os gatos dentro de casa, porque evita brigas ou acasalamento entre eles;
– Separar os gatos doentes durante o tratamento para evitar a transmissão entre outros animais e humanos.
Atenção
– Os animais acometidos não podem ser abandonados nem maltratados;
– Procure um médico veterinário e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em caso de suspeita, para diagnóstico e indicação de tratamento;
– Caso o animal evolua para óbito em decorrência da esporotricose, o cadáver não pode ser enterrado, pois o fungo vive no solo e irá se proliferar naquele local. O CCZ precisa ser informado para recolher o cadáver e dar a destinação correta.
Secom/LF