Estudantes do 6º e 7º ano da Escola Municipal Dois de Julho, em Itinga, participaram de uma mostra especial da disciplina de Filosofia. O evento, que aconteceu nesta quarta-feira (5/11), apresentou o projeto “Alegoria da Caverna de Platão”, resultado de três meses de pesquisa, construção coletiva e experiências vividas pelos alunos dentro e fora da sala de aula. A iniciativa da Prefeitura de Lauro de Freitas aconteceu por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED).
Conduzido pela professora Audalice Souza da Conceição, o projeto teve como objetivo ampliar o olhar dos estudantes sobre o conhecimento e suas múltiplas perspectivas, utilizando o mito da caverna como fio condutor para reflexões sobre a percepção da realidade e a importância da busca pelo saber. “A proposta foi fazer com que os alunos percebessem, de forma lúdica e concreta, o que significa sair da caverna e ampliar o olhar, conhecer novos espaços e entender que o aprendizado vai muito além dos livros”, explicou a professora.
Durante o processo, os estudantes participaram de visitas pedagógicas ao Museu da Caixa Cultural, ao Museu de Energia da Coelba e à Assembleia Legislativa da Bahia, integrando teoria e prática em atividades que estimularam a reflexão e o pensamento crítico. Além das saídas de campo, construíram coletivamente a ambientação do projeto na própria escola, recriando a famosa “caverna” com materiais recicláveis, como caixas de papelão.
A exposição também contou com produções autorais: cartazes, vídeos, painéis e uma árvore do conhecimento, símbolo coletivo da turma. A aluna Lara Vitória, de 12 anos, ressaltou o quanto o projeto ampliou sua forma de pensar: “Nesse projeto, a gente conseguiu entender muitas coisas, porque foram apresentadas muitas histórias diferentes. A filosofia é um método diferente de enxergar, enquanto a ciência explica de forma firme, a filosofia nos faz pensar de outro jeito, com mitos, deuses gregos e outras ideias. Ela faz a gente imaginar, refletir e compreender coisas que a ciência sozinha não explica”, disse Lara.
Já Vanessa Zanirati Martins, também de 12 anos, destacou a importância simbólica da árvore do conhecimento: “Eu apresentei a árvore do conhecimento. Cada folhinha representa um aluno e o conhecimento de todos nós. Por isso o nome é árvore do conhecimento. Gostei bastante de participar e quero fazer outros projetos assim”, contou a aluna.
O projeto de Filosofia, além de incentivar o protagonismo estudantil, reforça o compromisso da rede municipal com uma educação inclusiva e transformadora, valorizando a vivência, a experimentação e o trabalho em equipe como caminhos para o aprendizado.
A professora Audalice Souza destacou ainda o apoio recebido da comunidade escolar: “Nada seria possível sem a participação da vice-diretora Tatiane Gonçalves, que realizou toda a mobilização dos alunos, e do professor de Artes, Lázaro Prudêncio, que ajudou na construção dos cenários e materiais, bem como todos os colegas professores de outras disciplinas”, disse.








