De acordo com aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o mandatário tem sinalizado que pretende realizar sua primeira reforma ministerial de forma casada com as eleições para presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, previstas para fevereiro de 2025.
Conforme relataram auxiliares do petista à coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópoles, a ideia é usar os cargos nos ministérios como moeda de troca junto aos partidos, para a escolha dos sucessores de Arthur Lira (PP-AL) e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Ainda segundo a coluna, já é tido como certa no Palácio do Planalto a saída do ministro Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo com o Legislativo.
O presidente, de acordo com aliados, já admite a necessidade de mudanças na área. Ele, no entanto, resiste a efetuar a troca no momento para que o gesto não seja lido como uma rendição às pressões de Lira, que pede a demissão de Padilha há meses.
Apesar de dada como certa a saída do ministro da articulação política, ele, que é deputado, não deve retornar à Câmara. Segundo a coluna, a tendência é que ele seja remanejado para outra pasta, provavelmente a da Saúde, da qual foi ministro no governo de Dilma Rousseff (PT).
Os planos de Lula também incluem, segundo a publicação, mudanças nos ministérios comandados por partidos do Centrão, com vistas a ampliar os votos favoráveis ao governo no Congresso.
Aliados do presidente apostam ainda que a reforma deve abrir espaço para que a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, assuma um ministério. Uma das possibilidades poderia ser a substituição de Wellington Dias (PT) no Ministério do Desenvolvimento Social.