O volume expressivo de empréstimos aprovados pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), que totalizam cerca de R$ 26 bilhões, foi justificado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) como uma medida de recuperação fiscal necessária. Ele argumentou que, durante a gestão federal anterior, o estado sofreu um bloqueio deliberado de recursos. Os pedidos atuais seriam, portanto, uma forma de compensar o tempo perdido.
As declarações foram dadas em entrevista à Folha de S. Paulo divulgada nesta sexta-feira (26), na qual Jerônimo rebateu as críticas sobre o endividamento. “Nós ficamos quatro anos com o governo do Bolsonaro sem liberar um empréstimo, a Bahia foi penalizada. Parte desses empréstimos é uma compensação do que nós não tivemos”, justificou o governador.
Jerônimo assegurou que as contas estaduais permitem essas operações sem riscos. “O Governo do Estado está com uma saúde financeira boa para tomar empréstimo. Se não tivesse, não passava na Assembleia”, afirmou, minimizando as críticas da oposição sobre a velocidade com que os projetos têm sido apreciados e votados pelos deputados estaduais no CAB.
No campo prático, o governador detalhou que os recursos financiam obras de infraestrutura, saúde e educação. Para ele, o investimento público é o motor da inclusão social na Bahia. “Minha marca é fazer inclusão através desses equipamentos”, afirmou, conectando a captação de recursos à construção de hospitais, escolas de tempo integral e rodovias em todo o estado.
O petista reforçou que os empréstimos são fundamentais para sua principal meta: o combate à insegurança alimentar. “Conseguimos tirar quase 2,3 milhões de pessoas da fome. Mas ainda temos 700 mil em insegurança alimentar e isso não me deixa tranquilo”, concluiu, defendendo que o crédito é o que permite ao Estado manter a rede de proteção social ativa.








